Fui recentemente convidado a participar na “Semana das Artes”, organizada pelo Grupo Disciplinar de Artes Visuais da Escola Dr. Manuel Laranjeira de Espinho. Aceitei o desafio com prontidão e vontade.
Fiquei com a responsabilidade de organizar a tarde do dia 23 de Maio, dedicando-a à Arquitetura. Volto hoje de Espinho com um sentimento de missão cumprida com sucesso e deixo aqui um breve sumário:
Os trabalhos foram divididos em duas sessões, a primeira consistiu numa apresentação no auditório da escola, a segunda num workshop de iniciação à elaboração de maquetas.
Não foi a primeira vez que me vi frente a centenas de olhos, a seguir-me os movimentos e palavras. No entanto, foi gratificante reparar que essa pressão rapidamente saiu dos meus ombros, a plateia ruidosa desapareceu e, no seu lugar, surgiu um conjunto de pessoas, interessadas e atentas ao que eu tinha para contar.
Comecei falando da difícil escolha de um Curso Superior. Passei para arquitetura, focando Mies Van der Rohe e o “nosso” Eduardo Souto Moura, não porque reduzo as minhas referências a estes dois mestres, mas para mostrar a importância de compreender as Lições dos que actuaram antes de nós (relevância válida para qualquer área do saber). Finalizei com um projeto meu, sintetizando as diversas partes do processo de concepção e mostrando alguns dos veículos de representação de ideias.
Na segunda parte, reduziu-se o grupo e iniciaram-se as maquetas. As curvas de nível foram dando forma ao terreno, e, no final do dia, mesmo sem conseguir acabar, os alunos mostraram vontade em concluir os trabalhos nos dias que se avizinham.
No final, verifiquei gratidão da parte dos estudantes e dos professores, esse facto fez-me sentir valorizado em termos pessoais e profissionais. Mas, mais e melhor do que isso, percebi que não tinha sido o único a crescer.
